Mudanças na relação entre judeus e cristãos apontam para implicações escatológicas

  • 09/09/2025
Mudanças na relação entre judeus e cristãos apontam para implicações escatológicas
Mudanças na relação entre judeus e cristãos apontam para implicações escatológicas (Foto: Reprodução)

Trabalho com projetos ligados à comunidade judaica e ao Estado de Israel há mais de 10 anos, e tenho observado importantes transformações no país e no mundo.

Talvez você não tenha percebido, mas o momento que estamos vivendo é único — diferente de todos os períodos desde os tempos de Jesus e da era da Igreja.

O atual cenário político, geopolítico e religioso tem promovido uma aproximação significativa entre judeus e cristãos.

Meu primeiro contato com um judeu ocorreu na área de projetos de um grande banco, por volta de 2003. Naquele período, eu costumava usar um broche com a Estrela de Davi como forma de apoio a Israel. Um dia, um projetista renomado de uma grande empresa de tecnologia, com quem eu trabalhava, se aproximou e me perguntou se eu era judeu.

Sem hesitar, respondi que era cristão. Ele presumiu que eu fosse católico e demonstrou desapontamento. Mais tarde entendi que ele associava o cristianismo à Inquisição — um período em que judeus foram torturados, assassinados, tiveram terras e bens confiscados, e até mesmo cristãos sofreram restrições como a proibição da leitura de salmos por ser muito judaica.

Em 2015, comecei a ter os primeiros contatos com judeus conservadores e, rapidamente, desenvolvemos uma amizade transparente e honesta.

Naquela época, alguns deles já conseguiam distinguir católicos de evangélicos.

Essa amizade evoluiu para uma associação judaico-evangélica em apoio a Israel, que passou a ter impacto nas mídias sociais e nos jornais em todo o país.

O movimento teve repercussão expressiva na Câmara dos Deputados, no Senado e até no Palácio do Planalto, tornando-se um fenômeno sionista sem precedentes na história brasileira.

Desde então, o relacionamento entre judeus e evangélicos tem se expandido de forma significativa, refletindo também entre os judeus messiânicos.

Antes anônimos, muitos desses judeus passaram a pregar em igrejas, realizar conferências e aparecer em reportagens na TV aberta. A maioria desse grupo tem como missão destacar as raízes judaicas da fé cristã.

Recentemente estive com Miguel Nicolaesvsky em igrejas batistas tradicionais — geralmente mais reservadas — abordando temas relacionados a Israel. É notável o desejo dos cristãos de conhecer melhor o Jesus judeu.

Importantes nomes como Luiz Sayão, Tassos Lycurgo, Carlos Vailatti e Rodrigo Silva também têm contribuído com essa aproximação, participando de podcasts com judeus e alcançando números expressivos de visualizações no YouTube.

Destaco um episódio gravado no podcast Inteligência Ltda., com a presença de Daniel Wood — uma das principais referências do judaísmo messiânico em São Paulo — ao lado de Sayão e Rodrigo Silva, discutindo a história de Jerusalém.

Outro exemplo relevante vem de Israel: o movimento de oração Jerusalem Prayer Breakfast (JPB), que reúne autoridades do país onde é realizado, judeus e evangélicos em apoio a Israel.

Neste ano, o grupo realizou um culto em Mar-a-Lago, residência do Presidente Donald Trump, nos EUA.

Essas mudanças representam não apenas uma aproximação sociológica entre judeus e cristãos, mas também apontam para implicações escatológicas.

De um lado, os judeus enfrentaram grande sofrimento em 7 de outubro de 2023; de outro, esse momento os conduziu a uma das maiores vitórias do Israel moderno.

O retorno dos judeus, a vitória diante dos inimigos e o crescimento dos judeus messiânicos — provavelmente o maior da história recente — são sinais claros de que a septuagésima semana de Daniel está próxima.

Todos esses eventos apontam para o fim e servem como um alerta à Igreja diante do colapso econômico, político, social e religioso das nações. Jerusalém será lugar de juízo para as nações pagãs e esperança eterna para judeus e gentios que creem em Yeshua.

Zacarias 12:3 "Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra."

 

Silas Anastácio é fundador do Ministério Davar, evangelista e expositor bíblico com sólida atuação há mais de uma década em temas relacionados ao Estado de Israel e à comunidade judaica. Também desempenha papel estratégico nos bastidores da mídia evangélica, contribuindo para a articulação e divulgação de conteúdos que fortalecem os valores da fé cristã.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

 

FONTE: http://guiame.com.br/colunistas/silas-anastacio/mudancas-na-relacao-entre-judeus-e-cristaos-apontam-para-implicacoes-escatologicas.html


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